Quando falamos em qualidade de vida, falamos em um conceito que abrange diversos fatores, tais como: aspectos cognitivos, emocionais, financeiros, sociais, recreativos, de alimentação, atividade física, moradia e trabalho. Estima-se que muitos desses aspectos são vivenciados no meio escolar, acadêmico e profissional. Importante salientar que considerando a realidade de pessoas com deficiência, muitas delas não estão incluídas em um círculo social, como a escola ou trabalho, por exemplo. Pensando nisso, é importante encontrar outras formas de manter esses indivíduos ativos e desenvolvendo a sua qualidade de vida. Considerando aspectos de diferentes esferas, é necessário que o desenvolvimento da nossa qualidade de vida se dê de uma maneira ampla a abarcar todos esses fatores. Ao se tratar da temática da deficiência, atividades de cunhos distintos podem ser pensadas para que esses sujeitos possam aprimorar diversos potenciais. Pensando nisso, o Pertence promove tanto atividades físicas, como Dança, Pilates e Capoeira, quanto atividades manuais como Artes e Culinária e atividades culturais, como Música e Teatro, para promover um desenvolvimento contínuo desse público, a partir da promoção de questões físicas, recreativas e emocionais. A Organização das Nações Unidas considera a qualidade de vida como "a percepção do indivíduo quanto a sua posição na vida, no contexto da cultura e no sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Assim, considera-se de extrema importância um ambiente integrativo com atividades em grupos que favoreçam a autoestima de pessoas com deficiência a partir de trocas com outras pessoas, com ou sem deficiência. Assim, é possível estimulá-los a lidar melhor com suas diferenças sem preconceito, gerando benefícios na sua qualidade de vida. A inclusão favorece a troca de experiências, estabelecendo laços significativos de amizade, tornando essas pessoas ativas na construção de conhecimentos. Uma das perspectivas que colabora para o desenvolvimento íntegro da qualidade de vida é o modelo biopsicossocial. Essa perspectiva considera três aspectos: o biológico, o psicológico e o social. A esfera biológica abriga todos os comportamentos e estados de saúde e de doença, que são possibilitados pela estrutura anatômica e pela função biológica, características do corpo de cada pessoa. Os fatores psicológicos também influenciam o bom funcionamento da saúde, isto é, o modo como uma pessoa reage a determinados episódios é o resultado da forma como ela os interpreta. Por fim, os fatores sociais referem-se ao meio no qual a pessoa vive, às relações interpessoais que ela estabelece e às influências que recebe no seu ambiente, sejam eles comportamentos, costumes, modos de vida, papéis sociais ou outros. De maneira geral, considera-se que o comportamento saudável pode ser adquirido também por influência do contexto social. Ao falarmos de pessoas com deficiência, acredita-se que o apoio recebido por parte dos pares e familiares tem efeito positivo, bem como contribui para a auto aceitação desse público. Por outro lado, também podemos dizer que a rejeição ou pouco apoio produzem situações de estresse, isolamento e sentimento de inadequação, aspectos esses muitas vezes presentes nas vivências de pessoas com deficiência. As deficiências possuem um importante componente biológico que, obviamente, deve ser considerado. Entretanto, é necessário observar com a mesma importância a inter-relação entre fatores biológicos e psicossociais (psicológico e social) para compreender o desenvolvimento de forma integral. Então, é preciso observar esses três aspectos (biológico, psicológico e social) nas intervenções com pessoas com deficiência, oferecendo assim, melhores condições para o aprimoramento da saúde integral, das suas habilidades e, o mais importante, da sua autonomia. Os benefícios do entretenimento e inclusão social são importantes aliados no desenvolvimento de múltiplas dimensões. É importante encontrarmos atividades que nos proporcionem prazer e bem estar, ao mesmo tempo em que socializamos e promovemos trocas mútuas de experiências. Sabemos que nos tempos atuais de pandemia os encontros presenciais estão mais restritos, mas ainda é possível desenvolver e promover qualidade de vida com ajuda das tecnologias. Conta para nós, nos comentários, como está a sua qualidade de vida e o que você tem feito para desenvolvê-la!
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