Por que é tão difícil conviver com o diferente? Se ninguém é igual, nem corpo, nem mente? Todos somos diferentes no fundo do coração!
Então, por que ao diferente gostamos de dizer não?
Se todos nós somos, no fundo, o mesmo
ser, por que tratamento igual não podemos receber?
Se ser diferente é o que temos em comum, por que, os diferentes não aceitamos nenhum?
Por que é tão fácil conviver com o igual, se ele não existe, parecido é o tal?
Se o dia e a noite fazem as pazes juntos na tarde, por que
para nós fazer o mesmo arde?
Por que dizemos que somos uma única nação se, ao vizinho, já dizemos que não?
Se o céu e o inferno fazem as pazes na terra,por que não podemos aceitar todos nela?
Se o fogo e a água fazem as pazes no vapor, por que não podemos
mostrar nosso valor?
Se o futuro e o passado fazem as pazes no presente, por que não podemos abrir nossas mentes?
Se ser “humano” significa aceitar, onde está o humano de que tanto ouvi falar?
Se a alma faz as pazes com o corpo, por que nós não pudemos fazer o mesmo com o outro?
Se tudo no mundo faz as pazes para existir, por que a união não podemos curtir?
Todos somos iguais e também diferentes, porque todos somos parte da mesma mente. Se trabalharmos juntos como um só, não haverá tristeza nem para o pó. Talvez eu seja apenas um comum sonhador, com apenas o desejo de um mundo sem dor. Se trabalharmos juntos,
eu tenho certeza que um dia o mundo será feito de pureza.
Ser igual é ser diferente e ser diferente é ser igual.
Poema de Renato Borba Brum, participante do Pertence.